quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dobrei todas as esquinas fugindo do teu olhar. Amordacei emoções, carinhos. Sequei meu pranto, coração. Segui por estradas íngremes deixando meus rastros de solidão. Engoli tuas regras, prescrições. Em seco, cruzei pântanos. Arrisquei-me, escalei montanhas. Fechei os olhos, diante do medo perdia-me de mim, sofria. Fui me deixando, sombra pássaro cativo em céu aberto. Queria-te, abraçava-te no meu frio nos lençóis do meu pensamento cobria meu corpo com o teu. Pedi ao tempo guarida deitei-me no colo da esperança. Espera infrutífera, inútil não voltaste para sonhar comigo. Mas ainda agora, meu coração teima em dizer: te amo     (Nandinha Guimarães)

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